quarta-feira, 7 de julho de 2010

Chegada a Havana

Mar caribenho visto do voo entre Cayman e Havana


O voo entre Kingston e as Ilhas Cayman, onde fizemos escala, dura pouco menos de uma hora. Mas vale a pena a vista de cima do mar caribenho. O aeroporto de Cayman é pequeno, sua arquitetura mais parece um chalé. Ficamos ali mais de três horas esperando pelo voo até Havana, que foi feito também pela Cayman Airways. O saguão tem poucas lojas e apenas um restaurante, que vende almoço. Em dólares, claro.

Até a capital cubana foram duas horas de viagem. Mais uma vez, não espere comidinhas dentre dos aviões. É importante viajar sem fome... Em Havana, no próprio aeroporto há um balcão de informações turísticas. Foi ali que nos sugeriram a casa da Sra. Raudelina Rodríguez Leyva, de 78 anos de idade. Ela mora na Rua Amistad, em Habana Vieja. Antes de sair do aeroporto, fizemos um saque em CUCs (peso convertível, especial para turistas). Lembrando que pagar com dólares estadunidenses em Cuba é furada, pois eles cobram uma multa.

Na hora de pegar táxi, não há muita escolha. Eles são oficiais e te levam ao centro por um preço fixo: 30 CUCs. O agente turístico fez um certo terrorismo dizendo que a gente precisava mentir para o taxista para ele não saber que era nossa primeira vez na cidade. Segundo o agente, alguns taxistas, ao saber que se trata de turista novato, muda o percurso. Mas não aconteceu nada com a gente. O taxista foi direto para o destino e não pareceu ser aproveitador. Portanto, não podemos dizer se situações assim ocorrem mesmo.

A casa da dona Raudelina fica bem no meio de Habana Vieja, a 250 m do Capitolio. A primeira impressão que se tem da cidade é o cheiro forte nas ruas, a imensa quantidade de fumantes e que tudo parece uma babilônia. A dona da casa nos recebeu muito bem e nos acomodou em um dos quartos, que por sorte, tinha um lindo ar-condicionado. Em abril, faz muito calor em Havana. Como de frente para o quarto a privacidade era zero - pela proximidade com as janelas das outras casas -, nos rendemos ao ar condicionado.

Naquela noite, conhecemos o bar El Floridita, conhecido mundial pelo daiquiri que o escritor norte-americano Ernest Hemingway dizia ser o melhor da cidade. De fato, é muito bom! Custa 6 CUCs, mas vale a pena. E tem música ao vivo.

Eu, Hemingway e o Daiquiri


Depois, para não detonar todos os nossos CUCs em apenas um bar, andamos uma quadra e escolhemos um mais simples, mas também com cantantes. Claro que um país tão musical como Cuba tem música ao vivo em quase todos os bares e restaurantes. No que a gente estava, os músicos não demoraram para sacar que éramos brasileiros e nos homenagearam com MPB. Divertidíssimo.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

All inclusive

Anoitecer no hotel Sunset Jamaica


Este é o momento da viagem em que a gente esquece, momntaneamente, da vida de mochileiro... sim, nos rendemos às facilidades do all inclusive (tudo incluído no preço da diária). Chegamos ao Sunset Jamaica por volta das 13h30. O check-in foi um pouco tenso, pois a recepcionista não encontrou os nossos nomes no sistema. Mas havíamos anotado o telefone da atendente da Air Jamaica e o problema foi solucionado.

Aqui, nada de mochilas nas costas. Um rapaz as levou em um carrinho enquanto papeávamos sobre como o Dunga podia ter ignorado Ronaldinho Gaúcho na Seleção!

Pelo horário, o jeito foi correr para pegar o finalzinho do almoço. O hotel tem quatro restaurantes, sendo um deles de buffet básico. Tudo muito gostoso. Há ainda praia particular, várias piscinas, um jaccuzzi, bares, salas de jogos, showzinho à noite e atendimento excelente. O hotel disponibiliza uma programação extensa de festas e até esportes náuticos. Eles emprestam equipamento para fazer snorkel. E dá para ver vários peixinhos diferentes!!! Dentro dali, não encontramos latino-americanos. A maioria dos hóspedes é composta por estadunidenses e europeus mesmo...

Praia em frente ao hotel


No dia seguinte, nosso último em Ocho Rios, a vontade era de nem sair do hotel, claro. As facilidades realmente encantam, apesar da visão crítica que vinha de quando em vez sobre a vida daquelas pessoas. Mas, enfim, era preciso dar uma voltinha no centro da cidade para comprar mais algumas lembrancinhas. Fizemos isso de manhã, voltamos ao hotel e ali ficamos até o dia seguinte, quando, de madrugada, um táxi nos esperava para fazer o trajeto de volta a Kingston. Acertamos pelo mesmo preço da volta: US$ 100.

Para não perder o costume, a viagem foi tensa. Isso porque o motorista poderia ficar com sono e o trecho é bastante movimentado e sinuoso. Tentamos nos manter acordados o máximo possível, mas foi difícil - portanto, houve alívio na chegada ao aeroporto. O voo para Cayman saiu às 8h55. Deu tempo apenas de ligar para casa e dar uma olhada rápida no free shop, que nem é vantajoso...