quarta-feira, 31 de março de 2010

Vistos


Permissão para sorrir

Como haveria conexão nos Estados Unidos, teríamos de conseguiu um visto de lá também. Não adianta. Mesmo que você só vá sorrir no aeroporto e sair fora duas horas depois, tem que pagar! Desde 2003, é preciso pedir permissão na Embaixada dos EUA, mesmo que seja em trânsito. Ou seja, você tem que arcar com os mesmos custos de alguém que deseja passar férias ou até morar na gringolândia.

Para tanto, é preciso acessar o site deles aqui no Brasil e solicitar uma entrevista. Aqui começa o assalto! São R$ 38 por cabeça para MARCAR a entrevista (preços de fevereiro de 2010) - o pagamento é feito pela internet, com cartão de crédito. Isso tem de ser feito com antecedência porque o período entre o pedido e a entrevista é de aproximadamente 20 dias para Brasília (depende do consulado e da época do ano).

Além da penca de documentos e formulários que eles mandam preencher, você pagará, ANTES DA ENTREVISTA, a bagatela de US$ 131 - o pagamento é aceito apenas em agências do Citybank. É isso mesmo! Você nem sabe se terá seu visto concedido, mas tem que ir esvaziando os bolsos! Ah, o comprovante desse pagamento é pedido no dia da entrevista, que, no nosso caso, foi curta e com direito a piadinhas do entrevistador.

O assalto termina com o pagamento, feito em um guichê na embaixada, de R$ 20 pelo Sedex que eles enviarão a sua casa com os passaportes carimbados - os nossos chegaram sete dias depois. Será que as doletas pagas anteriormente não cobrem esse custo? Por que as pessoas não podem buscá-lo na embaixada? Bem, são respostas que nunca teremos. Afinal, ninguém pergunta ao ladrão se ele pode te roubar pouco. (Silêncio, malandro, e vai esvaziando os bolsos!).

Pelo menos, por mais que seja apenas em trânsito, o carimbo que eles dão no seu passaporte vale para que você conheça Mickey Mouse ou o Pateta por até cinco anos.

México


Com informações obtidas no site da Embaixada do México, entregamos os documentos no dia 15 de março. Lá, eles preferem que o visto seja pedido com mais proximidade em relação à data da viagem. E isso deve ser feito de segunda a sexta, das 9h às 12h. Como chegamos no primeiro horário, não havia filas e a espera foi rápida. Após uma breve entrevista, eles autorizam ou não. Se sim, é preciso pagar R$ 70 (nada além disso) em espécie. No dia seguinte, você pega os passaportes (Sim! No México eles deixam o turista pegar o passaporte na embaixada).

Cuba

Para entrar em Cuba é moleza! O governo de Fidel não faz qualquer objeção à entrada de divisas (digo, turistas). Portanto, basta preencher um formulário, dizendo em qual hotel você ficará hospedado. Para isso, nem precisa ter a reserva. Apenas peça uma dica ao Oráculo e mande tinta no documento. Leve ainda a cópia da passagem aérea, o passaporte e R$ 45 em espécie.

A Embaixada de Cuba (SHIS QI 5, Conjunto 18, Casa 01) nos orientou a fazermos o pedido da tarjeta de turista pouco antes da viagem. Isso porque o documento tem validade de apenas 30 dias. Como só chegaríamos à ilha "socialista" em 26 de abril, deixamos para a última hora. Estivemos lá ontem (30/3), entregamos os documentos e o dinheiro na hora. Hoje (31/3), já estamos com a tarjeta em mãos. Eles não carimbam os passaportes. Ah, e o atendimento é de segunda a sexta, das 10h às 13h.

Panamá

O governo panamenho não exige vistos de cidadãos brasileiros na condição de turistas por até 90 dias.

sábado, 20 de março de 2010

Passagens

Como a cotação de preços foi feita em dólar, pesquisamos por algum tempo, até comprarmos as passagens em novembro do ano passado. O site da Decolar ajudou muito, mas acabamos comprando por meio de um colega que trabalha em uma agência de viagens, o Bruno Valpassos. O preço final saiu praticamente o mesmo daquele que pagaríamos pelo site, mas o Bruno conseguiu melhores horários de voos. Além disso, ter alguém de carne e osso nessas horas é melhor do que um "vendedor virtual".

O nosso pacote inclui as passagens: Brasília/São Paulo (TAM); São Paulo/Panamá (Copa Airlines); Panamá/Cidade do México (Copa); Cancun/Kingston (American Airlines); Kingston/Havana (AirJamaica); Havana/Panamá (Copa); Panamá/São Paulo (Copa); e São Paulo/Brasília (TAM).

O caso American Airlines (AA)
Na hora de confirmar as reservas, descobrimos que os Estados Unidos seriam uma pedra (cara) no nosso caminho. Você deve estar se perguntando o que os
yankess têm a ver com isso, certo? Pois bem. Com aquela "sutil" e constante avidez norte-americana de dominar o mundo, viajar perto dos EUA é problema, na certa!

Se quiséssemos sair do México e ir pra Jamaica teríamos de passar pelos EUA. Somente a AA (e não são os Alcólicos Anônimos) fazia esse trajeto, de acordo com a Decolar. Nosso agente de viagens até descobriu um outro percurso, que voltava para o Panamá e de lá iria para a Jamaica (parece que pelo Canadá e Inglaterra dava também, enfim...!), mas daí teríamos de pernoitar no Panamá (o que encareceria a viagem e nos tiraria um dia do roteiro, possibilidade rapidamente descartada).

Decidimos então passar pela
gringolândia (via Miami) antes de seguir para a capital jamaicana. Foi nessa hora que apareceu o controle e o autoritarismo norte-americanos! Como a nossa reserva contemplava Cuba, a AA não poderia fazê-la, por conta do embargo comercial à ilha. Portanto, apesar do bilhete não ser pra Cuba (claro, nenhuma empresa estadunidense opera naquele país - e isso inclui não só companhias aéreas, mas empresas de cartão, como VISA e MASTERCARD), o fato de ter um trecho que ia para aquele país impedia a empresa de confirmar e vender a passagem.

A saída? Bem, compramos com o nosso colega-agente de viagens todos os trechos, com exceção do voo da AA. O percurso México/Jamaica foi comprado separadamente, direto do site da AA (R$ 476 por pessoa). Ah, além de sair mais barato, comprar em novembro para viajar em abril teve uma finalidade estratégica: dividimos o valor em 5x (afinal, ninguém aqui nada em dinheiro). Com isso, quando formos viajar teremos quitado esse pedaço da viagem.

Com as passagens em mãos, o próximo passo seria obter os "tíquetes" de entrada para cada país. E quem aparece para atrapalhar (e encarecer) nossa viagem? Os EUA de novo (sempre eles querendo dominar o mundo!). Mas isso é assunto para outro post...

sexta-feira, 19 de março de 2010

O porquê!

Para esta viagem de 23 dias, que começa no dia 9 de abril, escolhemos a ordem México - Jamaica - Cuba porque foi a que apresentou melhor custo benefício com menor deslocamento e tempo. E também porque possibilitou um stop and go na Cidade do Panamá.

Essa é uma viagem que sempre quis fazer. Ao contrário da Marina, será minha primeira viagem internacional. Acho que foi pela perda dessa "virgindade" que ela, também muito interessada em conhecer esses países, resolveu embarcar sem muitas objeções nesta jornada.

Por conta da iminência de fim do regime de Fidel Castro, disse a ela que queria conhecer logo Cuba. Ela também tinha esse desejo e concordamos em "matá-lo" antes que os EUA o faça e que a ilha perca seu charme. Sabemos que Cuba virou um negócio montado no turismo e que muitas coisas não são mais as mesmas. No entanto, é melhor isso do que nada. Perto dali, está o México, com ruínas e histórias de duas civilizações formidáveis que viveram na América no período pré-colombiano: Astecas e Maias.

Aí percebemos que a Jamaica estava logo ali, entre um e outro. Por que não fazer uma visitinha ao "Sideshow Bob" jamaicano (ou seria o contrário?). A Marina gosta de reaggae e eu....bem, eu gosto do Bob Marley! Portanto, resolvemos ir lá pedir proteção a Jah!

Roteiro
O voo de Brasília para São Paulo sai às 19h30. Ficaremos de molho no aeroporto de Guarulhos até as 3h, quando sai o voo com destino ao Panamá. Lá ficaremos durante doze horas. O objetivo é conhecer o Canal e, se houver tempo, passear pela região conhecida por Panama Viejo. Às 20h, seguimos para Cidade do México.

Ao todo serão doze dias na capital mexicana. Além da Cidade do México (3 dias), conheceremos Puebla (1 dia), Acapulco (2 dias), Oaxaca (2 dias), Veracruz (1 dia), e a península de Yucatán (3 dias) - incluindo aqui Playa del Carmen, Chichen Itzá, Cancun, Tulum e Cozumel.

No dia 23, embarcamos para a Jamaica, onde tiraremos um fim de semana para descansar. Ainda não sabemos ao certo quais cidades visitaremos, mas o bunker será em Ocho Rios.

Dia 26, voamos para Cuba, onde passaremos uma semana, com retorno no dia 1º. Se na Jamaica temos certeza de que a hospedagem será em Ocho Rios, na terra de Fidel, por enquanto, só podemos dizer que estamos reservando três dias para a capital Havana. A ilha de Cayo Largo está sendo estudada.

Chegaremos a São Paulo de madrugada e a Brasília na manhã de segunda-feira, dia 2. No fim da tarde, a vida volta ao normal para a Marina. Para minha sorte, eu só pego no batente no dia seguinte...

Pelo menos essa é a nossa previsão. Acompanhem e vejam aqui se tudo dará certo (ou quase tudo!). Abaixo, o mapa mostra a loucura que vai ser. Agradecimento especial ao meu colega Euris, que teve paciência de fazer as rotas no mapinha. Valeu, Euris!


Brasília - São Paulo (Guarulhos) - Cidade do Panamá - Cidade do México - Acapulco - Oaxaca - Veracruz - Merida - Playa del Carmen - Cancun - Miami (escala) - Kingston - Ocho Rios - Havana - Cidade do Panamá (escala) - Belo Horizonte - Brasília

Hasta!