domingo, 16 de maio de 2010

Cozumel - A primeira das ilhas

Nosso último dia no México, uma quinta-feira (22), foi destinado a Cozumel. Estávamos em dúvida se iríamos para a Isla de las Mujeres (próximo a Cancun) ou a Cozumel (maior ilha mexicana). Optamos pela segunda por causa do arrecife que há na região, o segundo maior do mundo.

A ilha é bem estruturada e voltada principalmente ao turismo. Para chegar lá existem duas opções: atravessar de ferry até Cozumel ou percorrer uns 15km ao sul da Riviera Maia e chegar a um lugar chamado Calica. De lá, é possível pôr o carro dentro do barco e seguir pra Cozumel. Como estávamos com carro alugado pegamos a segunda opção.

Quem quiser ir de carro deve ficar atento aos horários dos ferries. Pegamos um que saía às 8h. Por isso, tínhamos de estar lá uma hora antes (é regra deles, mas dá pra chegar com uns 45 minutos de antecedência). A viagem dura cerca de 1h30 e há uma confortável cabine de passageiros, com filmes. O valor do ferry é de 380 pesos pelo carro, mais 80 pesos por passageiros (o motorista não paga). No caso, pagamos 460 pesos (por trajeto). O Lonely Planet informa que não é possível transportar carros alugados, mas é mentira. É só pagar que você entra!
Horários (segunda a sábado) - Domingo também funciona mas há horários diferenciados...
Calica – Cozumel
4:00, 8:00, 13:30, 18:00
Cozumel- Calica
6:00, 11:00, 16:00, 20:30



A ilha - Inicialmente, fomos até o centro da cidade para descobrir qual seria o melhor lugar para fazer snorkel nos arrecifes. Tivemos dificuldade porque o número de agentes que querem te empurrar um pacote qualquer é enorme. Ficamos até sem saber a quem perguntar. Na ilha pode-se alugar tudo. Se você for a pé, esta é a hora de alugar carro para conhecer a ilha. Tem fusca conversível, lambretas e jipes . É só escolher. Lá tem hotéis e pousadas também. Porém, como tudo vem de barco, as coisas lá são sempre mais caras que em Playa del Carmen.

Bem, resolvemos checar com uma lojista qual o melhor lugar para fazer snorkel na ilha. Ela disse que os agentes que ficam te pertubando geralmente levam os turistas a arrecifes pequenos. Perguntamos se Playa Palancar era um dos melhores pontos de saída, como dizia o Lonely Planet. Ela disse que sim. Então, pegamos a estrada que percorre o litoral da ilha pelo lado sul.

Chegando lá descobrimos que o passeio de barco e um mergulho de uma hora e meia custaria US$ 30 para o casal. Tentamos pechinchar, mas o camarada do lugar era intransigente e não aceitou nossa lábia. Eram 13h30 quando pegamos o barco com outros dois casais de turistas, um norte-americano e outro neozelandês.

Para a Marina seria a primeira experiência dela com o snorkel. Eu já tive a oportunidade de conhecer um no nordeste brasileiro, em Maragogi (AL). O guia foi nos explicando (em inglês e espanhol) como é o funcionamento do snorkel, como fazia para esvaziar o colete salva-vida e afundar até alguns metros de profundidade.

O passeio consiste em visitar duas áreas corais, uma mais profunda e outra mais rasa, com apenas sete metros de profundidade. Além dos turistas, o guia ia nadando conosco para mostrar as espécies de peixes e crustáceos que havia, além de dar o suporte.Também foi um fotógrafo que registrou os momentos e depois tentou vender o CD por US$ 25. Achamos caro e não levamos (até porque as fotos não ficaram muito boas). Fora d'água ia o capitão do barco acompanhando o grupo.

Ficamos uma hora e meia dentro das águas mais límpidas que já vimos na vida. Realmente a visibilidade é incrível no mar caribenho. Achei que fosse encontrar algo como em Maragogi, mas não tem nada a ver porque você tem que ficar nadando o tempo inteiro. A profundidade é grande e, por isso, o número de animais marinhos é enorme.

Inicialmente tivemos a oportunidade de ver tartarugas marinhas nadando conosco. Depois, apareceram milhares de peixes, alguns enormes outros em cardumes. Vimos tubarões e arraias. Ah, sem falar nas lagostas. Os peixes são aqueles do Nemo, todos muito coloridos! Era como se estivéssemos no aquário de Veracruz, só que o natural! Foi realmente incrível.

Voltamos do passeio umas 15h. De carro, continuamos dando a volta na ilha pelo litoral. Realmente a visão é linda. No lado leste estão as praias de mar aberto, que, depois da chegada do furacão Wilma, em 2005, ficaram sem areia. Exato! Praticamente não há bancos de areias. Paramos em um restaurante que fica de frente para uma dessas praias e comemos um peixe delicioso de lá.


Ficamos felizes também porque o peixe que dava para duas pessoas custou pouco mais de 100 pesos (menos de R$ 20). O engraçado era que outros peixes (que o garçom disse não dar para dois) estava mais caro. Não nos arrependemos. Tomamos ainda uma marguerita. No final, ao saber que éramos brasileiros, o garçom nos presenteou com uma dose de tequila. Saímos de lá todos felizes! Hehe!

A parte norte não pode ser atravessada. Portanto, a rodovia que corta o litoral termina na metade da ilha, e dali volta-se atravessando o interior para o lado oeste, onde está o centro de Cozumel. Ficamos passeando por lá até a hora do último ferry, às 20h. Durante este tempo, fomos a um supermercado onde eu comprei algumas pimentas mexicanas, muito baratas. Os supermercados são um excelente lugar para comprar roupas simples (tipo aquelas que são vendidas nos hipermercados do Brasil, porém com o nome das cidades estampado). É bem mais barato do que nas feirinhas de artesanato.

Um comentário:

Geisa disse...

Olá, vou com um bebê, pra Cancun, e como tb vou ficar em Cozumel, queria alugar um carro, mas tinha dúvida quanto a travessia, quanto custa essa travessia em real, só pra eu ter uma noção, e pra ir para Calica é bem sinalizado? Obrigada desde já, Geisa.